quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Calvin and Hobbes

Lembrei-me do Calvin. O miúdo (e o seu tigre de estimação), cuja criatividade não tem barreiras, apesar de por vezes o pôr em maus lençois. Era bom ser permanentemente como ele. Puro. Ainda bem que nos cartoons as personagens não crescem. E como diria ele "Nunca há tempo para fazer todo o nada que se quer"... A minha homenagem ao puto mais porreiro da banda desenhada.

Proibido fumar

Muito se tem falado da lei do tabaco, principalmente desde que entrou em vigor. Eu sinceramente, acho que não há nada a falar pois tudo isto parte de um pressuposto muito simples: a minha liberdade acaba quando começa a liberdade dos outros. Eu não fumo, mas não me importo minimamente que os outros fumem... desde que não seja para cima de mim! É uma questão de civismo e de educação. As áreas de fumadores nunca funcionaram. É que caso não tenham reparado, o fumo parece teimar em não respeitar essas áreas... se calhar porque o fumo dissemina-se no ar! Isso faz-me lembrar as minhas intermináveis viagens de autocarro entre Lisboa e Faro, quando nas últimas 3 filas do veículo era permitido fumar!... (como se o fumo não chegasse a quem estava na 1ª fila...). O engraçado é que os fumadores (não digo todos, mas muitos), parecem achar que tudo isto é uma cabala contra eles. Chegam a ser tão egocêntricos que acham que o objectivo da lei é obriga-los a deixar de fumar (!). Eles continuam a ser livres para se intoxicarem quando bem entenderem, a única diferença é que deixam de obrigar os outros a ser intoxicados também. Continuam a ter o direito de fumar. Os não fumadores é que passaram finalmente a ter o direito de não fumar. Não é uma lei para aniquilar os coitadinhos dos fumadores, que até não fazem mal a ninguém (e até são bem generosos ao partilharem milhares de substâncias nocivas com quem estiver nas redondezas). É uma lei para proteger os não fumadores (ou será que nunca tinham dado conta que estavam a prejudicar a saúde de outras pessoas?). E a desculpa de "o fumador é um doente, tem é de ser tratado e não obrigado à força a deixar de fumar", não pega. O fumador é um doente sim. É que o tabaco é uma droga. Tal como a cocaína. Tal como a heroína. Apenas há 2 diferenças: é que o tabaco sempre foi socialmente aceite (dá mto estilo ter os dentes amarelos e a pele envelhecida), e o tabaco tem a capacidade de "drogar" várias pessoas ao mesmo tempo (mesmo as que não querem). Acho que não tinha piada nenhuma se um toxicodependente após se injectar fosse injectar todas as pessoas que estivessem junto dele. E já que falamos de doenças. Ninguém gostaria de ter um doente com tuberculose a tossir, feliz e contente, para cima de si! E também a Sida é uma doença, e isso não dá o direito ao seropositivo de infectar o parceiro que não tem culpa nenhuma. A diferença é que nesses casos não há lei que o consiga evitar...