Hoje disseram-me que criticar pelo menos 3 pessoas por dia, faz bem à saúde.
Acho que não é necessário qualquer estudo científico para provar isso. Aliás, arriscaria mesmo dizer que deverá ser mais benéfico que qualquer cházinho de limão com mel para as constipações, ou do que as rezas milagrosas para curar os pés dormentes. Além disso, é algo que está intrinsecamente enraizado no espírito português. É tão bom "criticar" (ou "falar mal" se traduzirmos na língua de Camões). Principalmente se for falar mal de alguém que, se calhar, até invejamos. Aí então é o êxtase. O auge de todas as sensações maravilhosas que podem atravessar as células do nosso corpo. Diria mesmo, uma sensação orgásmica. Mas atenção. Como qualquer herói, o "falar mal" também tem o seu kryptonite, ao qual é imperioso escapar. E esse é a "crítica construtiva". Uma crítica construtiva, não só dá muito trabalho, como pode fazer com que toda a boa disposição provocada pelo "falar mal" se torne insignificante. Está totalmente contraindicada.
Mais do que qualquer placebo, "criticar" é de borla e, pelos vistos, recomenda-se. Eu à partida lembro-me logo de umas quantas pessoas que podia "criticar" (uma delas vale por 1000), mas talvez fique para outro post, apesar de que, de certeza, o meu dia iria melhorar substancialmente num estalar de dedos.
E vocês? Já criticaram muito hoje?
quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007
Uma questão de saúde pública
sexta-feira, 2 de fevereiro de 2007
Dicas para emagrecer
Quase toda a gente alguma vez disse que precisava de perder um quilinho aqui ou ali. Pois bem. Eu tenho a fórmula da melhor dieta de sempre: almoçar e/ou jantar todos os dias no refeitório do Hospital de Sta Maria. Pela módica quantia de €3,60 (aumentou 10 cent este mês), temos direito a uma refeição digna de qualquer pessoa com anorexia nervosa. Das receitas, especialmente criadas e/ou melhoradas por eles, lembro-me assim de repente de algumas:
● “Bacalhau com natas”, mais conhecido por “batatas com natas”
● “Pasteis de bacalhau”, ou simplesmente “pasteis de batata”
● “Lasanha bolonhesa” sem tomate
● “Feijoada”, que tal como o nome indica o único ingrediente é o feijão
● “Salada de atum” sem atum
● E dia sim dia não, não pode faltar o belo do “empadão de carne de vaca” (que é vaca e toda a carne que sobra do dia anterior). Sim, porque o segredo é a reciclagem!
Mas não é tudo! Se me disserem que também podem encontrar estas verdadeiras iguarias em qualquer outro refeitório, tudo bem. Mas de certeza que não encontram a mesma quantidade de comida servida, e aí sim, está toda a beleza desta dieta. As bolinhas de arroz são pouco maiores que bolas de ping pong. Os salgados (pasteis de bacalhau, rissois, croquetes) e as almondegas, são estilo porta-chaves bébés (ou seja, cerca de metade do tamanho normal), e atenção que só podem ser servidos 3 por pessoa, não vá rebentar o estômago de alguém! Além disso, essas quantidades "dietéticas" fazem com que os pratos tenham uma apresentação digna de restaurante de luxo (só falta do raminho de salsa na beira do prato). E depois, as empregadas, sempre "simpaticíssimas" e "prestáveis", olham para vocês, e, se já forem magros, concluem que comem pouco, e ainda põem menos comida no prato.
Portanto meus amigos, se querem emagrecer, não esperem mais. Esta dieta é infalível (eficácia comprovada pessoalmente).
Cheira-me a esturro...
Na sequência do post “Só em Portugal”, aqui vão mais algumas pérolas.
Saiu hoje a chave definitiva do exame. Das 100 perguntas, 9 tinham 2 respostas certas, e 6 foram anuladas.
Será que o juri (17 pessoas) responsável pela elaboração do exame nem sequer se deu ao trabalho de ver se as perguntas escolhidas (de entre uma bateria de várias perguntas já feitas) estavam bem formuladas? Ora, num exame que decide o nosso futuro, e em que temos 1 minuto e meio para responder a cada pergunta (cada uma com 5 alíneas), parece-me inadmissível o tempo perdido com as 15 perguntas mal formuladas. Mas também há perguntas anuladas não sei porque motivo, e há uma que deviam alterar a correcção (tem 2 respostas certas, escarrapachadas no livro de texto) e não lhe mexeram... Muito estranho... Será que só atenderam às reclamações de "algumas pessoas"?
Ainda mais estranho é o facto do Ministério da Saúde se continuar a superar a cada dia que passa. Depois de não ter publicado as vagas antes da realização do exame (que por sí só já é ilegal), ainda não as publicou, e melhor, “o mapa ainda está em discussão”. Isto quer dizer, que as vagas só serão publicadas depois de já se saber as classificações dos candidatos... Hummm... caso para dizer “aqui há gato...”