quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Bangkok

Por motivos de trabalho, estive em Bangkok durante esta última semana. Nunca fui grande fã da Ásia, mas de qualquer modo, ia com algumas expectativas.

Ora bem. O jet lag (7h de diferença) nem o senti (para quem está habituado a urgências de 24h sem saída de banco, ir a Bangkok é peanuts...).

O primeiro impacto é aquele calor húmido em pleno "Inverno". Fez-me lembrar Punta Cana. E de facto, isso é muito bom se estivermos num resort em Pucket ou nas ilhas Phi Phi em fato de banho, mas em Bangkok não será prudente andar muito "descascado". É que para compensar (e para ser possível usar os modelitos Outono/Inverno), todos os espaços fechados (hotéis, centros comerciais, transportes públicos) permanecem a uma temperatura que duvido que seja superior a 18ºC.

Os seus 10 milhões de habitantes moram em apartamentos com duas divisões: um quarto e uma casa de banho. Não é necessário cozinha pois a comida é feita na rua. Tudo à base de fritos de frango e porco e peixe (ou outra coisa qualquer...), fruta descascada e cortada... Qualquer hora é hora para comer. Não me atrevi a provar (ou melhor, provei apenas no centro de congressos, pois aí pelo menos não vi as condições de confecção e higiene... e há coisas em que é melhor ficar na ignorância). Imagino o pessoal da ASAE a passar por ali... tinham um enfarte!

Depois, não convém parar em sítio algum. Isto porque aparecem logo mil pessoas a quererem oferecer qualquer tipo de serviço. E depois é a filosofia do "regateio"... (mesmo nos táxis com taxímetro é preciso obriga-los a liga-lo!)

Quanto à parte cultural... além dos inúmeros pequenos altares dispersos por toda a cidade, na parte velha de Bangkok é onde estão os templos. São giros e tal... mas depois de se ver um, os outros não variam muito. Aliás, é assim em todos os aspectos. Por exemplo, são capazes de ter um centro comercial de 7 andares só com artigos de electrónica e informática, mas que acaba por ser um aglomerado de "lojas dos chineses", umas atrás das outras, e em que a única diferença é que talvez uma das lojas tenha uma cópia mais fiel do iPhone do que a do lado.

Quem me tira a Europa tira-me tudo (ok... com a excepção para as Caraíbas... Bora Bora...). Já tinha saudades da comida, saudades até do frio... Só não tinha saudades dos taxistas (e de me cobrarem 8 euros quando no taxímetro marca 4,40). Se calhar não somos assim tão diferentes (ou se calhar os taxistas é que tiram todos o curso na mesma escola).

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Bubble Bobble

Uma homenagem ao melhor jogo de computador de sempre (pelo menos para mim :P)! Bubble Bobble... LINDO! Muitas tardes passei eu a jogar (Carolina, 100 níveis em meia hora... eramos as maiores!) ao som do rádio... belos tempos! Deve ter sido o jogo que eu mais joguei na minha vida (talvez igualado pelo Covert Action e logo seguido pelo Lotus).

Ok, é o típico jogo de gaja, mas não deixa de ser espectacular (quem diz o contrário é porque nunca jogou... ok, Gil? :P). Eram só bons valores morais nas entrelinhas... Já não se fazem jogos assim. Agora é tudo a 3D e cheios de cocozices mas sem encanto... (basta ver o BB evolution para a PSP). É a geração "tiro neles" ou "sangue por todo o lado". nde estão os bonequinhos gordinhos e coloridos a destruir os maus com bolhinhas, e a ganhar a recompensa (os fantásticos gelados, bolos gigantes, diamantes e fruta)? É por isso que hoje em dia só jogo Solitário... :P

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

1848

Tenho de partilhar esta informação com o resto do mundo: descobri o melhor chocolate de sempre!

Pois é... uma tablete fininha de chocolate negro... com pepitas de café (imagine-se!!).

Não consigo parar de comer... Agora vejam lá se não vão todos a correr para o supermercado e me esgotam o stock!... Olhem que ainda me dá uma coisinha má!

domingo, 12 de outubro de 2008

Se um dia me casasse...

... em vez de uma valsa qualquer, seria esta música que abriria o momento de dança (espantem-se... não é STP nem Jamiroquai :P).

sábado, 11 de outubro de 2008

Gordura e formosura... ou enfarte cardíaco

Já repararam que aqui há 20-30 anos havia sempre "o gordo" da turma? Era sempre, gozado, e muitas vezes posto de parte, como qualquer outro que fosse diferente (o marrão, o caixa de óculos...), pois afinal, as crianças são mais honestas que os adultos (podendo chegar mesmo ao limite da crueldade, já que a verdade pode ser dolorosa), e não têm meias medidas em pôr alguém de parte e a dizê-lo com todas as letras... falta-lhes o cinismo que se ganha com a idade... mas não é disso que vou falar.

Actualmente, vive-se a geração McDonalds. A fast food veio para ficar, e mesmo num país em que se come tão bem, é díficil resistir ao sabor da gordurinha... Eu ainda assim tive sorte, pois só praticamente aos 20 anos é que comecei a entrar nessa onda. Até lá, a comidinha da mamã e o facto de morar numa cidade sem grandes centros comerciais (aliás, até em Lisboa havia (só) as Amoreiras), fez com que só muito tarde começasse a "drogar-me".

Hoje olho para as rapariguinhas e é ver os pneus a transbordarem por cima das calças de cintura descaída. Aliás, até começo a achar que as próprias fábricas de roupa começaram a fazer modelos para pessoas cilíndricas, sem cintura. Antigamente não se usava certo tipo de roupa porque nos desfavorecia... mostrava uma barriguinha aqui... uma gordurinha ali... Agora, já não há esse problema. Porque toda a gente tem uma banhinha a mais... já não se tem "vergonha" de mostrar o que quer que seja. E de certa forma, o que interessa é que nos sintamos bem e não aquilo que os outros possam pensar de nós. Paradoxalmente, vivemos numa época em que cada vez mais se dá importância ao aspecto exterior, e quanto mais bonito, mais elegante, mais bem vestido (e mais acerebrado), mais sucesso se tem.

Arriscaria dizer que a esperança de vida vai começar a diminuir. A obesidade não traz nenhuma vantagem, nem física nem psicológica. Toda a gente sabe disso. Mas é tão bom comer batatas fritas... :P.

Chegámos à altura em que os "gordos" vencem. Num futuro próximo haverá o "magro da turma", que será com certeza objecto de gozo. A vida dá realmente muitas voltas...

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Palavras

Já que estou numa de "língua portuguesa", faço aqui uma homenagem à minha palavra preferida: Pastel (e as que derivam dela). Não sei porque é que me lembrei disto agora (talvez por estar com fome), mas de facto adoro a sonoridade dessa palavra. "Pachetéél"... "Pachetelaria"... E por acaso, o respectivo "objecto" é agradável. Não sou nada esquisita a nível de pasteis... desde os doces aos salgados (com excepção apenas para os eventuais "pasteis humanos" que andam por aí)... Hmmm... já ia ali a Belém...

Também gosto da palavra Piursa. Não só pela sonoridade, mas porque me lembra a malta de Cascais (sim, foi pela boca de um deles que ouvi pela 1ª vez essa palavra... tá a ver?), e porque sim, também estou piursa neste momento. Piursa e Possessa...

Oh well...

Xim, eu xei ler e exkrever

1 koiza k m irrita pfundament é o pexoal k exkreve kom "kapas" e "xis" em xituaxões k n funxionam komo abreviatura nem kom a funxão de tornar a palavra maix pekena e, portanto, maix rápida de exkrever.

Já vos aconteceu estar em qualquer site e ver textos escritos por "teenagers"? Se por acaso me dou ao trabalho de tentar ler alguma coisa do que eles escreveram, acabo por perder a paciência e desistir. Será que também escrevem assim nos testes? Será que daqui a uns anos quando tiverem de fazer um curriculum também vão escrever assim? Uma coisa é tentarmos tornar a escrita mais rápida, no computador ou no telemóvel (sim, admito que de vez em quando também uso um "k" para substituir o "qu"). Outra coisa é substituir letras só porque é giro (????). Eu sinceramente espero que eles não falem como escrevem... e que tenham a noção de como é que se escreve correctamente.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Velha e acabada

Basta deixar de andar de carro, deixar o nosso mundo, a nossa concha (quase) intocável, para voltar a ter contacto com pessoas que normalmente no dia a dia não teria.

Hoje senti-me velha. Estive rodeada de adolescentes. Parece que ainda foi ontem que passei por "lá". Eu também fui assim? Será que também tinha aquele ar de miudinha? Será que também fazia aquelas figuras tristes? (sim, disso tenho a certeza... lembro-me de umas quantas, só assim de surra... :P).

É ridículo como nessa idade as preocupações são centradas em situações de vida ou morte, tipo, as borbulhas, a roupa de marca, o fazer "estrilho" para ser "cool". Os problemas existenciais de integração... o ser aceite no "grupo"... as saídas à noite... os copos... os cigarros... os amores platónicos...

Agora que olho para trás, reparo que, apesar de não ter sido um período agradável, consegui atravessa-lo sem grandes cedências. Mantive-me fiel às minhas convicções, sempre na minha onda (como ainda o faço), apesar de que teria sido bem mais fácil (e talvez mais feliz) se não o tivesse feito. O risco de se deixar influenciar é muito grande nessa fase da vida. É cómodo ser uma "maria vai com as outras" (e muita gente continua a sê-lo na vida adulta). Nesse sentido estive bem. Mas perdi outras coisas...

É uma fase em que parece que o mundo vai acabar por qualquer coisa de mal que nos acontece. Felizmente, já nessa altura tive a inteligência suficiente para perceber que a vida continua. Basta olhar para o lado e ver que as pessoas mais velhas estão lá... portanto, sobreviver é possível... apesar de que os problemas só tendem a ficar mais graves com o tempo, mas também a nossa capacidade de "encaixe" é maior.

Hoje olho para trás e dá-me vontade de rir. Se fosse hoje... ai ai... As coisas que ficaram por dizer e por fazer (por inexperiência, medo e crenças em contos de fadas... pura estupidez!). A ingenuidade... os sonhos cor de rosa... É tudo vivido com muita intensidade. É o "para sempre" e o "nunca mais". Mas com a idade percebe-se que a vida é bem mais complicada... e os finais felizes ("para sempre") são raros nos dias que correm.

Mas há recordações que vão mesmo ficar "para sempre". Há situações que "nunca mais" viverei e pessoas que "nunca mais" vou ver (felizmente para muitas, infelizmente para algumas). Há imagens da minha memória que me fazem sorrir e que me deixam triste por não voltarem mais... Se fosse hoje... ai se fosse hoje... Acho que essa é a grande dádiva da adolescência: aquilo que nunca nos chegou a dar.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008