domingo, 30 de setembro de 2007
O meu Boguinhas
Depois de um mês de perigo na estrada (lol) e 2000 e tal Km percorridos, chegou a hora de fazer a primeira avaliação do meu pequenino... sim o meu Smart!
Depois de muitos anos a tentar fugir à condução, tive de me render a esse sacrifício para evitar 4 horas perdidas por dia em transportes públicos. Até não tem corrido mal. Descobri que os limites de velocidade são ridiculamente baixos em alguns locais (sim... ando a arriscar ser multada...), e que a faixa do meio é a preferida por 80% dos portugueses (mesmo se houver uma fila enorme e a da direita estiver vazia). Além disso, descobri a verdadeira invenção do milénio: mudanças automáticas. Chego mesmo a arriscar dizer que foi a melhor (e lógica) invenção a seguir à roda. Se as mudanças podem ser escolhidas só com a mão, para quê usar o pé?
Para quem esteja a pensar comprar um Smart, tenho a dizer que o meu depósito de 30 litros, a diesel, dá para 600 Km (mais coisa menos coisa). Por dentro, em termos de espaço, a diferença é não ter os bancos de trás. Na bagageira cabe lá um troley médio e ainda mais qualquer coisinha. Para estacionar, qualquer buraquinho serve. Defeitos tem 2. Há o problema do vento e da deslocação do ar quando se conduz acima dos 100 km/h... (convem ter cuidado quando passa um camião por nós, principalmente se for mais depressa...lol). Por outro lado, qualquer buraquinho na estrada parece uma cratera (acho que vou ter problemas de coluna...).
Mas de um modo geral estou muito satisfeita. Portanto já sabem, se virem o Smart mais giro que alguma vez já passou por vocês, afastem-se, porque sou eu que vou ao volante :P
quarta-feira, 19 de setembro de 2007
Pérolas da Função Pública - Parte I
Sendo a Função Pública deste país uma verdadeira ostra cheia de "pérolas", cada uma mais reluzente que a outra, resolvi dedicar-lhe uma pequena homenagem e criar um tópico periódico inteiramente destinado à partilha de episódios hilariantes com ela relacionados.
Há algum tempo, tive de entregar a minha folha de pedido de férias para este ano. Lá escrevi os vários períodos que queria, a Directora do Serviço assinou, e o papelinho lá foi para a Serviço de Pessoal. Um mês depois, recebo um recado para contactar urgentemente o Serviço de Pessoal devido a um problema qualquer com o meu vencimento. Apesar de ter mais que fazer, lá consegui arranjar um tempinho dentro do horário de funcionamento deles (sim... eles têm aqueles horários das 9 às 11h e das 15:30 às 16:30). Quando lá cheguei, a sra que me atendeu, quando soube quem eu era, começou-se a rir... foi buscar um papel, e ainda com um risinho estúpido disse "Agora já não se volta a esquecer!". Então o que foi? É que no tal papelinho do pedido de férias havia um campo a dizer "a exercer funções" que eu deixei em branco. Ora, depois de ter escrito a minha identificação, nº mecanográfico, categoria profissional, etc e tal, realmente não percebi o que aquilo queria dizer. Seria para escrever "a exercer funções de partos, toques vaginais e afins"? Não... afinal era para escrever o nome do meu serviço.
O engraçado desta história é o seguinte: o papel foi assinado pela directora do meu serviço, com o carimbo do meu serviço, e os próprios funcionários do serviço de pessoal não tiveram dificuldade em telefonar para o meu serviço para me chamar. Mas não era suficiente. Eu tinha de deixar o meu trabalho e ir pessoalmente escrever o nome do serviço naquele espaço em branco. Bem, pelo menos tiveram consciência da atitude imbecil que tomaram, já que para me obrigarem a ir lá usaram um isco falso (sim, porque basta o uso dos termos "problema no vencimento" e "serviço de pessoal" na mesma frase, para qualquer um ficar de cabelos em pé, dada a extrema competência e eficácia com que são resolvidos os assuntos nesse local)...