domingo, 26 de junho de 2011
segunda-feira, 13 de junho de 2011
Next Stop: Rome
A expectativa era muito grande... até porque seria, eventualmente, a única cidade que, na minha cabeça, poderia destronar Barcelona do nº1 do meu Top. Posto isto, uma palavra para descrever Roma será “desilusão” ou, em 3 palavras, “mais do mesmo”. Um intrincado de ruas que parecem ter florescido ao acaso, transformando numa verdadeira epopeia a tarefa de não me perder, tendo em conta o meu sentido de orientação duvidoso e a frequente ausência de indicações e mapas não fidedignos (gostei particularmente daqueles que se esqueciam do "Você está aqui"). Isto, acrescido ao facto de não ser uma cidade propriamente plana, torna-se cansativo e irritante. Mas ok, tudo se perdoa quando vale a pena... o pior é quando não vale. A sensação que tive foi de ter visto coisas bem mais bonitas no Louvre do que em Roma inteira. Aliás, Paris dá 10 a 0 a Roma... e Barcelona então, nem se fala. É como comparar a Praça de São Pedro com a Praça de Espanha e Palácio Nacional, ou a escadaria Trinità dei Monti com a entrada no Parque Güell, a Fontana di Trevi com a Cascada, a Villa Borghese com o Parc de la Ciutadella, ou ainda a Via del Corso com a Rambla... Anos luz de grandiosidade e beleza, a favor de Barça! A frase que mais vezes pronunciei mentalmente foi "É isto??". Realmente uma das guias disse uma coisa bastante interessante: enquanto os gregos se preocupavam com a beleza e a perfeição, os romanos preocupavam-se com a protecção estratégica. Nesse sentido sou 100% grega. Por falar em guia, até nisso é preciso ter sorte... para que não apareça nenhuma abécula demasiado cansada (às 11h!) sem vontade de contornar 20 metros de obras para mostrar parte da Piazza Navona, e que se limita a dizer “isto é A” e “aquilo é B.” Noutras siuações vale a pena, nem que seja para não ficar nas looooongas filas. No Vaticano tive sorte pois, pelos vistos, foi um dia com pouca gente. Os museus com os tectos com muitas pinturas e ornamentos (nada de cair o queixo) e com a visita à Capela Sistina deixando bastante a desejar. A explicação das imagens dos frescos ficou impedida por não se poder falar lá dentro (enquanto outros guias o faziam perfeitamente, e enquanto os seguranças gritavam a toda a gente para sair daqui, para sair dali, para não tirar fotos, para se calarem... enfim... a sensação de estar no meio de um curral). Ok, Michelangelo era um cromo, foram os primeiros frescos dele e pintou aquilo à primeira, e deu tudo muito trabalho. Mas... já vi desenhos mais bonitos (Louvre, again)... Se calhar porque foi em Roma surgiu o verdadeiro conceito da reciclagem: tirar daqui para construir ou guardar acolá. Para a Basilica de São Pedro tenho apenas 2 palavras: Sagrada Familia. Curiosamente, e ao contrário de tudo o que seria expectável, o que eu mais gostei foi do Coliseu. Aquele que tem o curriculo mundial de mais mortes por metro quadrado, e apesar de não ser de todo o que foi outrora, não deixa de ter impacto. Aproveitei também para ir ao monte Tivoli na esperança de que a Vila D’Este fosse qualquer coisa de espectacular... mas a Fontana di Nettuno, apesar de bonita, não vale o preço da entrada.
Posso dizer que comi uma carbonara muuito boa (mas também há semelhante em Lisboa), e quanto aos gelados é preciso saber escolher. Ficam as dores em músculos que eu nem sabia que tinha, as bolhas nos pés, os litros de transpiração (ajudados pelo calor brutal ao contrário da chuva e frio previstos pela meteorologia...) compensados pela água que se bebe em qualquer fonte da cidade (levar sempre uma garrafa vazia na mala!).
Não cheguei a atirar moedinhas para a Fontana di Trevi... nenhum dos 3 desejos possíveis está nos meus planos próximos...
domingo, 12 de junho de 2011
Clarividências
Hoje, e no espaço de uma semana, tive a segunda visão iluminada, um pensamento de total clarividência, que traduz mais um ponto fulcral da minha vida.
Falta-me a Arte. Não como hobby. Como vida. Falta-me viver dela. A música, o desenho. O meu percurso está completamente viciado e desviado do ideal.
Uma vida perfeita tão inalcançável...
sábado, 11 de junho de 2011
Cabo Verde
Por uma mera questão de datas, o destino de férias foi a Ilha da Boavista. Esperava por mim uma semaninha num resort recém-inaugurado, naquela onda do tudo incluido. Nunca tinha ido a Cabo Verde e, sinceramente, não era propriamente um destino desejado. De facto, ao chegar à ilha, deparei-me com tudo menos com o aspecto idílico de um paraíso. Um terreno árido, tipo "terreno de obras", uma pequena cidade com muitas casas em processo "eterno" de construção, muitas cabrinhas e burros a pastarem livremente (a comer e a beber não sei bem o quê...) com algumas carcaças caidas pelo meio, e um percurso de autocarro durante meia hora, só metade dele em estrada alcatroada... Não fiquei propriamente fã, é verdade. A praia em si é banal, em tudo semelhante a muitas das nossas, à excepção do número de pessoas presentes... Muito vento (bandeira invariavelmente amarela ou vermelha), água não muito quente, friozinho à noite... e a comida...ai a comida... ou sou eu que estou mal habituada, ou o tempero Tuga faz sempre falta nestes sitios. Quanto ao resort, ainda a meio gás, pude contar com um quarto pequeno sem separação física com a casa de banho (à excepção de uma porta para a sanita), no meio de curto-circuitos (e "técnicos" que percebiam menos de electricidade que eu...) e uma piscina que será insuficiente quando se atingir a total capacidade do empreendimento.
Com a vantagem de estar apenas a 4 horas de viagem, fica a simpatia do povo e um escaldãozinho... Mas ainda assim, e por 3 horas, prefiro a minha ilha "deserta" e a comidinha da mamã...