domingo, 28 de janeiro de 2007

Babel

Fui ver no outro dia o filme “Babel”. Nomeado para o Óscar de melhor filme, e tendo sido tão falado nos últimos tempos, estava à espera que fosse um filme realmente bom já que seria do género do “Colisão” (surpreendentemente óscar de melhor filme em 2006) com várias histórias cruzadas unidas por algo comum. Posso dizer que o “Colisão” está na lista dos meus filmes favoritos, mas, mesmo com esse nível de comparação, ia à espera de encontrar no “Babel” um grande filme.

Realmente, o filme prometia. À medida que a história se desenvolvia o meu pensamento era “isto ainda vai acontecer qualquer coisa surpreendente que vai fazer com que o final seja espectacular!”. Mas não. Realmente baseado no estilo “Colisão” (talvez à espera do Óscar), e com uma pitada de “Lost in translation” (não só pelo ambiente mas também por não ouvirmos o segredar final entre as personagens principais) ou mesmo até de “Pulp Fiction” (lembrem-se da mala que nunca se fica a saber o que está lá dentro) ficou muito aquém destes modelos. Apesar de tudo tem algumas mensagens interessantes, sendo a minha preferida o contraste entre a atitude dos compatriotas americanos e o marroquino que ajuda Brad Pitt em troca de nada.

É provável que ganhe o óscar de melhor filme (normalmente ganham aqueles que eu não gosto...o ano passado foi uma excepção!) e ainda assim não é um filme que esteja no meu top dos piores de sempre, mas também nunca o irei comprar em Dvd...

5 comentários:

Vasco Ribeiro disse...

Tenho que dar a mão à palmatória, pois pensava que, e devido à nomeação, seria um excelente filme. A comparação é inevitável com o Grande filme Colisão que faz pensar qualquer um.
Só discordo com a lição do filme. Penso que aquela passagem da chinoca nua e depois o aparecer do Gato cansado, faz realmente sobressair a grande ligação entre Homem e Animal. ;) ( Foi pena não aparecer o recipiente da manteiga de amendoim.
Agora um pouco mais a sério. O mundo atravessa um momento muito complicado, em que qualquer pequena coisa, pois mais acidental que seja se torna num terrorismo extremo. E esse medo crescente aumenta o fosso entre as pessoas. veja-se quando os compatriotas de Brad Pit o deixam com a mulher ferida.
Aquele abraço.

Unknown disse...

Oh Vera, só acho mal não falares da fantástica companhia que fez com que o filme valesse a pena....
Concordo contigo sobre a mensagem, subtil, do filme. O egocêntrismo e a mania de perseguição existente na sociedade americana está bem patente. Ironicamente isso quase fez com que se perdessem vidas americanas. É a verdadeira imagem de um império em degradação, que já não pode ser levado a sério.

beijinhos
Patrícia

(já agora, da próxima vez outra pessoa que escolha o filme que eu não quero ser linchada!)

Vera disse...

lol! Pois, admito que a companhia fez com que o filme subisse vários pontos :) E por mim não serás linchada, porque também era a minha escolha. (para a próxima escolhe a Cheila...qualquer coisa como "Noite no museu Parte II"..ehehe)

Nuno Duarte Revés disse...

Ora pois que eu gostei do filme, pronto... Mas, também, em oito pessoas apenas um oitavo conseguiu mudar de opinião durante o decorrer do filme... eheheh

Para a próxima devíamos ir ver o "Apocalypto", não acham?! Já andamos (eu, a Vera e o Vasco) a sugeri-l há tanto tempo... Na volta é mesmo o melhor da época... ahahah

Anónimo disse...

Desculpem lá! Posso depreender deste chorrilho de comentários que NÃO GOSTARAM da "Noite no Museu" ?!?! É isso?!?!? :P
Babel: o filme "desilusão" que arastou milhões aos ecrãs de cinema com base na suposta semelhança com "Colisão" e, claro está, com o brinde Brad Pitt. Resultado: Boring!
Já que escrevo após a Noite dos Óscares digo com toda a frontalidade, o melhor filme "Departed" (ou "Entre Inimigos")é sim um grande filme. Eu sei que a fonte não é a mais fidedigna... (pois... sou eu mesma... a da "Noite no Museu")mas, podem acreditar que não serei linchada.
Aguardo comentários.

Beijos!