Em que é que nos baseamos para concluir algo acerca do pensamento dos outros? É que nem sempre o vector acção-reacção converge para o mesmo sentido. Por isso, às vezes, estamos sujeitos a surpresas resultantes de más interpretações. Onde é que aprendemos essas noções? São mensagens subliminares transmitidas pelos nossos pais enquanto nos educam? São coisas que vemos na televisão, nas novelas, nos filmes? São coisas que vemos acontecer na vida de alguém nosso conhecido? São coisas que os nossos amigos nos "ensinam"?
Aquilo que nos parece lógico pode, de facto, estar muito longe da realidade. Aliás, a nossa própria noção de "lógica" vai variando com o tempo, com a idade, com as experiências. O que achávamos inapropriado, impossível ou sem sentido quando tinhamos 15 anos, se calhar passou a ser banal aos 30.
Quantas vezes agimos de uma maneira pensando que é desse modo que vamos obter um determinado efeito? Quantas vezes deixamos de dizer ou fazer qualquer coisa, para evitar uma reacção desagradável? E afinal, se calhar, se o tivessemos feito ou dito, o resultado final seria bastante diferente daquele que nós imaginámos. Ou pelo menos também não perdiamos nada... Mas isso nunca saberemos...
Qualquer dia perco a vergonha toda...
domingo, 24 de janeiro de 2010
Acção-Reacção
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4 comentários:
Gosto imenso da noção de "espontaneidade". Não sei porquê, sinto que nos faz ganhar imensas coisas, dessas a que te referes e que perdemos por muitas vezes não agirmos. Estar determinado e agir e meio caminho andado para o sucesso, creio.
Ah, e ter vergonha é do mais inibidor que há. Sofro isso na pele:)
Ks
Mulher, tu perde a vergonha, sff.... É que iria no mínimo ser divertido.
Agora a sério, quando descobrires estas coisas todas partilha comigo, ok? É que não há forma de eu descobrir como agir/reagir em determinadas situações. Tenho a fama de ser má, por isso não interessa se o sou realmente ou não. A fama é suficiente. e isto vale para tantas outras coisas. Por vezes que interessa o que façamos.... os outros vão sempre ver as coisas como lhes interessa.
beijinhos
Julgo que mais do que uma questão de "lógica" se trata de um misto de saber empírico aliado a intuição nata. As pessoas não se regem pelas leis do bem pensar da lógica aristotélica; a isso acresce que raramente encontraremos uma pessoa a racciocinar e deliberar da mesma forma que outra...
Compreender o mundo que nos rodeia passa sobretudo pela nossa capacidade de entendermos esses animais estranhos e complexos que são os humanos, e o resto são instintos básicos (alguns bem bons, outros que metem medo).
Dos tabus sociais com que somos formatados, a "vergonha" é invariavelmente dos mais inúteis (sendo que o único que terá alguma utilidade/valor, na minha opinião, será o medo de magoar um semelhante).
Resumindo e baralhando os meus dois centavos de opinião: a vergonha só serve para se perder oportunidades de Viver. Portanto, manda-a pelo cano abaixo! :p
JB.
Eu cá perdi a vergonha toda há bué! lol
Mas... é verdade. Quanto mais penso que sei sobre os outros, menos os entendo... sabes que sim!
Beijos***
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