Por motivos de trabalho, estive em Bangkok durante esta última semana. Nunca fui grande fã da Ásia, mas de qualquer modo, ia com algumas expectativas.
Ora bem. O jet lag (7h de diferença) nem o senti (para quem está habituado a urgências de 24h sem saída de banco, ir a Bangkok é peanuts...).
O primeiro impacto é aquele calor húmido em pleno "Inverno". Fez-me lembrar Punta Cana. E de facto, isso é muito bom se estivermos num resort em Pucket ou nas ilhas Phi Phi em fato de banho, mas em Bangkok não será prudente andar muito "descascado". É que para compensar (e para ser possível usar os modelitos Outono/Inverno), todos os espaços fechados (hotéis, centros comerciais, transportes públicos) permanecem a uma temperatura que duvido que seja superior a 18ºC.
Os seus 10 milhões de habitantes moram em apartamentos com duas divisões: um quarto e uma casa de banho. Não é necessário cozinha pois a comida é feita na rua. Tudo à base de fritos de frango e porco e peixe (ou outra coisa qualquer...), fruta descascada e cortada... Qualquer hora é hora para comer. Não me atrevi a provar (ou melhor, provei apenas no centro de congressos, pois aí pelo menos não vi as condições de confecção e higiene... e há coisas em que é melhor ficar na ignorância). Imagino o pessoal da ASAE a passar por ali... tinham um enfarte!
Depois, não convém parar em sítio algum. Isto porque aparecem logo mil pessoas a quererem oferecer qualquer tipo de serviço. E depois é a filosofia do "regateio"... (mesmo nos táxis com taxímetro é preciso obriga-los a liga-lo!)
Quanto à parte cultural... além dos inúmeros pequenos altares dispersos por toda a cidade, na parte velha de Bangkok é onde estão os templos. São giros e tal... mas depois de se ver um, os outros não variam muito. Aliás, é assim em todos os aspectos. Por exemplo, são capazes de ter um centro comercial de 7 andares só com artigos de electrónica e informática, mas que acaba por ser um aglomerado de "lojas dos chineses", umas atrás das outras, e em que a única diferença é que talvez uma das lojas tenha uma cópia mais fiel do iPhone do que a do lado.
Quem me tira a Europa tira-me tudo (ok... com a excepção para as Caraíbas... Bora Bora...). Já tinha saudades da comida, saudades até do frio... Só não tinha saudades dos taxistas (e de me cobrarem 8 euros quando no taxímetro marca 4,40). Se calhar não somos assim tão diferentes (ou se calhar os taxistas é que tiram todos o curso na mesma escola).
quinta-feira, 30 de outubro de 2008
Bangkok
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