terça-feira, 28 de julho de 2009

Cinema português "dobrado"

Estive ontem a ver o filme "Arte de roubar", o qual, já na altura em que estreou, me tinha aguçado a curiosidade. Não sou grande fã da representação que se faz por terras lusas, e conto mesmo pelos dedos o número de actores dignos desse nome. Aliás, tendo em conta que hoje em dia qualquer um é "actor" (e que implica também ser cantor e modelo, numa explosão de talento que, de repente, toda a gente parece ter), é cada vez mais difícil ter a representação como sinónimo de arte. Mas a geração "Morangos com açúcar" há-de acabar um dia... ou não...

Mas falando do filme... Digamos que se pode chamar de uma espécie de Tarantino/Rodriguez meets Guy Ritchie. Para "aprendiz de feiticeiro", não está mau, não senhor. Gostei. Ou melhor, não fugiu muito das expectativas. Achei piada ao facto de ser falado em inglês, o que ao princípio é estranho, principalmente por se notar um certo cuidado na dicção, tornando-se bastante perceptível sem legendas, coisa que muitas vezes não se consegue com os "americanos de gema" (excepção óbvia para a brasileirinha Daniella Faria...). Destaco a representação de Ivo Canelas e, meninos, a Soraia Chaves também entra! (mas se estão à espera do "Padreco II" vão ter uma grande desilusão...).

Resumindo, é um filme divertido, que gira em torno das peripécias de 2 ladrões azarados que se deviam dedicar a outra carreira, peripécias essas que, não sendo muito esmiuçadas, vão surgindo e terminando sem muitos rodeios. Ah, e gostei da moral da história: "nunca deixes uma criança a brincar sem supervisão"... ;)

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