Já há algum tempo que não ia a um concerto. O último foi em Agosto de 2005 (meu deus! como é que eu aguentei 3 anos sem um moshzito!), quando, curiosamente, fui ver Jamiroquai no festival Sunrise em Albufeira. Já os tinha visto em Maio de 2002 (GRANDE concerto no Pavilhão Atlântico...BRUTAL!), e, visto que há 2 anos não fui ao Rock in Rio para os ver (por razões óbvias), chegou finalmente a altura de curtir um bom som ao vivo.
Pela amostra que tinha tido no outro festival, e pelo que ouvi dizer da actuação no RIR, já estava à espera do que se passou. Um concerto curto, a saber a (muito) pouco. Cru, sem "efeitos especiais" (aquelas imagens de 2002 que nos faziam viajar para um mundo que não existe... ou talvez pelo que se fumava naquele recinto...). É definitivamente uma banda que deve ter o "seu" concerto, e não apenas fazer parte do cartaz de um festival. O ideal era mesmo o Coliseu (imaginem aquele som poderoso a flutuar com aquela acústica!).
Jay Kay, muito mais gorducho (pelo menos na cara) e com os "totós" a espreitar debaixo do gorro, cantou e dançou como só ele sabe. Começando com o poder de "The kids", seguiram-se as pautas de "High Times", "Space cowboy", "Travelling without moving", "Seven days in sunny June", "Little L", "Alright", "Runaway", "Cosmic Girl" e mesmo uma versão calminha do "Love Foolosophy". Para finalizar, apenas um encore, com "Deeper underground", altura em que houve algum movimento por parte do público (pena que tivessem acordado SÓ no final...).
Realmente estas novas gerações "Amukinadas" são muito fraquinhas. Como é que é possível que nas 20 filas de pessoas que estavam à minha frente, ninguém saltava ou batia palmas? Os braços erguidos à minha frente eram os daqueles que insistiam em fotografar ou filmar o concerto, sem se preocuparem minimamente com a vibração... com o curtir o som... Meus amigos, o concerto foi transmitido na Sic Radical, de certeza com muito melhor qualidade de imagem... para a próxima fiquem em casa que vêem melhor... E os olhares fulminantes quando alguém tentava começar a saltar, ou havia uma mínima movimentação... Definitivamente a geração do mosh foi substituída pela geração dos nhónhós. Há-de chegar o dia dos concertos virtuais, em que o pessoal fica em casa ligado a uma máquina a fingir que está em Wembley. Enfim, colheita como a de 79, já não volta a haver.
P.S: Não, não fui eu que tirei as fotos (é só ir à net). Recuso-me a levar a um concerto mais do que o bilhete e uma nota no bolso. Sou old school... não tenho remédio.
1 comentário:
olá Verinha
Acredita... colheira como a a 79 não há, nem vai haver .... :)
pois eu não sou muito de ir a concertos com muita gente. porque gosto mesmo é de ter espaço para curtir a música, dançar e conseguir ver alguma coisa. que isto de ser pequenina tem as suas desvantagens...
beijinhos
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