terça-feira, 30 de setembro de 2008

Telélé

Como é que o telefone pôde revolucionar a humanidade? Simples. Tornando-se móvel.

Hoje olho para trás e penso como é que se conseguia sobreviver sem este objecto! Como é que as pessoas se conseguiam encontrar e combinar coisas. Como é que as pessoas faziam quando surgia um imprevisto?

A realidade é que vivi 2/3 da minha vida sem este objecto. E mesmo estudando fora, nunca deixei de ter boleia para casa quando ia de fim de semana (por vezes à custa de grandes secas por parte dos meus pais...). Nunca deixei de ir aqui ou ali, com a pessoa X ou Y, por não ter telemóvel para combinar. Por outro lado, o facto de estar "sempre contactável" também pode ter aspectos negativos... mesmo que o desliguemos, lá está o aviso de que o fulano nos ligou...

É um objecto engraçado. Capaz de nos proporcionar momentos de alegria (quando recebemos a chamada de alguém que ansiamos), momentos de desânimo (quando afinal a chamada não é desse alguém) ou de raiva (quando a conversa corre mal... podendo mesmo habilitar-se a ir parar contra alguma parede e ter de ser substituído).

Hoje admito que seria difícil viver sem ele. Mesmo que ele não se manifeste. Mesmo que passem dias sem que ninguém me ligue ou mande sms's. Só o facto de não o ter perto despoleta logo a dúvida: "será que alguém me ligou?". E eu detesto esses estados de incerteza.

É daquelas coisas que, depois de se ter, é "impossível" voltar atrás... pelo menos para mim.

2 comentários:

Anónimo disse...

Julgo não haver qualquer dúvida sobre a utilidade do telemóvel e dos diversos tipos de sentimentos que estes despertam nas pessoas. Ainda me lembro do triste episódio da aluna a agredir a professora apenas porque esta lhe havia retirado o tm.
Servem até para chacota politica, quem não se lembra da factura de telemóveis que não foi paga, deixando os ilustres ocupantes da Assembleia da República sem pio durante uma manhã.
E as escutas telefónicas e o desconforto que estas proporcionaram aos intervenientes, mais uma paródia à portuguesa e sem consequências.
Lembras-te de mais algum "objecto" (que à partida possa ser considerado como supérfluo) em que cada português gaste, em média, 25€ mensais? assim de repente não me estou a recordar de muita coisa ( ah, os impostos que pagamos não podem ser considerados como resposta ... Lol )
Beijinhos,
Alexandre

STP disse...

Não é impossível passar a viver sem ele, de novo. Eu estive duas semanas sem tlm, e passada a primeira... deixei de me lembrar dele. Mas é esquisito... sem dúvida.
De qualquer maneira, é uma excelente forma de, quando nos damos conta de que esperamos a ligação ou a mensagem de alguém e não a temos, nos desfazermos dele, pelo menos por uns tempos.
A mim fez-me bem. E essa segunda semana foi excelente ... a primeira, parece que nos desligaram o ventilador e os acessos venossos. Mas na segunda... parece um peso saido de cima... e torno a lembrar-me do prazer que sentia ao sair de casa só com o molho de chaves de casa num bolso e o passe do autocarro outro. Priceless...