terça-feira, 15 de julho de 2008

O meu 1º dia de praia

Hoje foi um dia especial.

Hoje fui à praia pela primeira vez na minha vida. Coisa estranha, vindo de uma mulher algarvia! Mas é verdade. Hoje foi o meu 1º dia de praia... sem companhia! Por incrível que pareça, e gostando de praia como eu gosto, nunca o tinha feito sozinha. Sempre tive alguém que me acompanhasse. Não posso dizer que não é bom ter alguém com quem partilhar um comentário...uma gargalhada...ou mesmo o silêncio. Mas, numa altura em que os amigos estão a trabalhar, e estando eu de férias num dia de calor brutal, achei por bem iniciar mais uma actividade na companhia de mim mesma.

Lembro-me que a primeira coisa que comecei a fazer sozinha, foi ir a concertos, e, à excepção do final em que é bom ter alguém com quem partilhar a euforia do “pós”, acaba por ser muito melhor. Isto porquê? Porque vou quando e para onde quero. Porque acabei por não vibrar da mesma maneira em vários concertos por ir acompanhada e não querer afastar-me dos acompanhantes. Também já fui sozinha ao cinema (ok, só uma vez), mas é algo que hei-de repetir, provavelmente em breve.

Agora ir à praia é que não. Ter paciência para me meter no carro e conduzir em direcção a um sítio que não conheço bem (ok, já lá fui n vezes, mas no lugar de pendura nunca reparo nos caminhos), e chegar lá e ter apenas um livro como companhia (que até nem era grande coisa...mas disso falaremos noutras núpcias)... isso nunca. Até correu bem. Renovei o bronze, a água (milagrosamente!) estava boa, e até ouvi uns piropos engraçados (ao que se sujeita qualquer mulher sozinha perto de um grupo de rapazes). Fui às horas que quis, voltei às horas que me apeteceu, e durante a viagem ouvi a minha música, com o volume que bem entendi.

Sobrevivi à experiência. Amanhã tenciono repetir. Pode ser que me habitue de tal maneira que já não queira outra coisa…

4 comentários:

Unknown disse...

Verinha

De uma mulher algarvia para outra.... não concordo nada contigo.
Eu adoro ir para a praia sozinha. pegar no meu livro, caminhar até à praia, estender a toalha, mergulhar o tempo que me apetecer, ler sem sentir que estou a ignorar alguém, adormecer em cima do livro. Estar ao sol, em silêncio ouvindo o barulho dos outros, não ter a obrigação de falar, de rir. depois e apenas porque me apetece, ir para a esplanada passar o resto da tarde. enfim, são gostos!
beijinhos

Vera disse...

Pois eu espero chegar a esse nível ;) Pelo menos já estive mais longe... Beijocas

Anónimo disse...

Há coisas que de facto não me consigo imaginar a fazer sozinho. Outras, como ir à praia, não havendo a alternativa de uma boa companhia, até que acabo por ter coragem de as fazer sozinho. Mas de facto, tudo, ou pronto, quase tudo é melhor com companhia.

O que tenho vivido é que de dia para dia cada vez tenho de contar menos com companhias para algumas das coisas que mais gosto de fazer. O facto de me manter “solteirão”, enquanto os meus amigos e amigas se têm vindo a casar, e agora têm vida familiar mais activa, e outros que deixam de ter tempo e espaço para nós quando há namoro novo na zona. Confesso que estes últimos me deixam triste e desapontado, mas isso é outra questão para além deste tema.

Nunca fui ao cinema sozinho, nem sair à noite sozinho, nem acho que alguma vez o consiga fazer, mas já experimentei, tal como tu, ir à praia sozinho (foi estranho a 1ª vez), jantar sozinho, passear sozinho, esplanar sozinho, andar de bicicleta (bem esta é mesmo muito fácil) sozinho, e mais surpreendente para mim, viajei sozinho. O incrível é que estive durante 4 dias a passear por uma cidade onde não conhecia ninguém e tive sempre uma sensação de solidão menor do que quando estou no “meu sítio”.

Vera disse...

Pois é james... quase tudo é melhor com companhia. Mas na falta de companhia (sendo cada vez mais difícil arranjar uma, pelos motivos que apontaste), que remédio... Das coisas que referiste ainda me falta viajar sozinha. Acho que ainda não estou preparada por achar que será demasiado solitário. Mas se calhar é como tu dizes... e mais vale estar só do que com alguém que nos faça sentir sós.